À base de nicotina, ele produz devastação
Pesticidas baseados em nicotina, de uso
disseminado na agricultura, estão implicados na morte em massa de abelhas,
segundo novo estudo de cientistas americanos.
O estudo desmente os argumentos da
indústria, sempre repetidos, de que colônias de abelhas não estão sendo
danificadas pelos pesticidas, e vai gerar pressão para que autoridades
governamentais proíbam estas substâncias químicas.
As empresas que fabricam pesticidas, um
negócio de bilhões de dólares, vem tentando proteger seus lucros com um lobby
internacional contra a proibição de neocotinóides, um grupo de substâncias
químicas tóxicas que paralisam insetos atacando seu sistema nervoso. Há cada vez
mais evidência de que elas são responsáveis pela chamada “desordem do colapso
de colônias,” que vem dizimando populações.
Os Estados Unidos estão perdendo um
terço de suas colméias a cada ano, e apicultores na Europa dizem que mais de um
milhão de colônias desapareceram na França, Alemanha, Itália e Reino Unido
desde 1994. As autoridades destes países continuam aceitando os argumentos da
indústria.
Os cientistas da Universidade Purdue,
em Indiana, encontraram neocotinóides em abelhas, pólen, no solo e em
dentes-de-leão, sugerindo que as abelhas podem ser contaminadas de diversas
formas.
“Nós sabemos que
estes inseticidas são altamente tóxicos para as abelhas – os encontramos em
cada amostra de abelhas mortas ou moribundas,” disse Christian Krupke, professor
de entomologia em Purdue e co-autor do estudo. As abelhas sofrem de tremores,
movimentos descordenados e convulsões, todos sinais de envenenamento. “É uma
enorme fonte de contaminação ambiental potencial, e não apenas para abelhas,
mas para quaisquer insetos vivendo nestas áreas. O fato de estes compostos
persistirem no ambiente por meses ou anos significa que as plantas nestes solos
podem absorvê-los em seus tecidos ou no pólen,” disse ele, segundo oHerald Scotland .
Foto: emrank / Creative Commons
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